Muita gente reivindica a autoria do célebre sanduíche, mas sua criação segue envolta em mitos. Embora tenham muitos candidatos ao título de inventor, ninguém sabe quem foi responsável por colocar o bolinho de carne achatado dentro das duas faces de pão. É certo, porém, que a combinação despontou no final do século XIX, muito depois da invenção do sanduíche (qualquer tipo de pão com qualquer tipo de carne) e do tal bolinho.
O hambúrguer é filho do sanduíche. E a culpa disso caiu no colo do inglês John Montagu, o quarto Conde de Sandwich, que passara horas na jogatina alimentando-se apenas de carne entre duas fatias de pão no ano de 1762. Da Inglaterra seguiu para o mundo, com a carne sempre no meio. Antes em fatias cruas extremamente finas, depois super picada e espalhada sobre o pão (o bife tártaro) e temperada com mostarda. Até chegar o moedor, a grelha, e os alemães com seu bife de Hamburgo. Mas ainda consumido à mesa, com garfo e faca, escoltado por cebolas, legumes, molho de carne e purê de batata.
O encontro do queridinho bife de Hamburgo com o pão – que hoje parece inevitável – ironicamente foi resultado da industrialização dos EUA. Só em 1916, no Kansas, J. Walter Anderson implantou uma banca de hambúrgueres vendidos por 5 centavos de dólar. Até que no pós-guerra os irmãos Richard e Maurice McDonald criam o que se tornaria o símbolo máximo do fast-food e do life style norte-americano para o mundo. Hoje, assume ares de iguaria gastronômica combinando carnes refinadas e muito saborosas.
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